pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: 16 livros e um conselho de Hemingway para jovens escritores
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quarta-feira, 9 de maio de 2018

16 livros e um conselho de Hemingway para jovens escritores

                                           
Da Redação                                                                                                                                                             

16 livros e um conselho de Hemingway para jovens escritores                                   


Ernest Hemingway no Quênia, em 1953 (Arquivo da Biblioteca John F. Kennedy/ Reprodução)
 
O jornalista Arnold Samuelson tinha quase 22 anos quando, na primavera de 1934, leu o conto One trip across na revista Cosmopolitan. Aspirante a escritor, ficou impressionado com o texto e decidiu partir em busca daquele autor, um certo Ernest Hemingway (1899 – 1961). De carona, viajou da Dakota do Norte até a Flórida – e chegou sem um tostão à casa de Hemingway, que acabou dando conselhos de escrita e leitura ao rapaz.
“O ensinamento mais importante sobre literatura é nunca escrever muito de uma vez só. Nunca seque sua fonte criativa. Deixe para o dia seguinte”, teria dito o escritor, segundo Samuelson, que conta essa história no livro With Hemingway: A year in Key West and Cuba (1988), sem versão brasileira.  
O mais importante, segundo Hemingway, seria saber quando parar de escrever: “O momento de parar é quando você sente que está indo bem e chega em um lugar interessante, a partir do qual você sabe para onde ir. Pare aí, deixe a escrita para lá e nem pense nela; permita que seu inconsciente faça todo o trabalho. Na manhã seguinte, depois de uma boa noite de sono, reescreva o que redigiu no dia anterior e, quando chegar ao ponto interessante em que parou antes, continue dele e pare em outro ponto de interesse. Assim, quando terminar, sua escrita estará repleta de pontos interessantes e você nunca se sentirá preso”.
Depois, segundo Samuelson, o autor falou da importância da leitura para a escrita e perguntou se o jovem já havia lido Guerra e paz (1867), de Liev Tolstói, “um livro bom pra burro”. Ele negou, e Hemingway o levou até seu escritório, onde escreveu uma lista de títulos e escritores essenciais enquanto separava os volumes para emprestar ao garoto. Um deles era seu último exemplar de Adeus às armas (1929), romance de sua autoria. 
No dia seguinte, o jovem voltou à casa do autor de O velho e o mar apenas para devolver os livros, e acabou sendo convidado a viajar à bordo do Pilar, que precisava de mais um membro na tripulação.  
A lista de livros essenciais sugerida por Hemingway a um jovem escritor (Reprodução)

  1. The blue hotel (1898), de Stephen Crane
  2. The open boat (1897), de Stephen Crane
  3. Madame Bovary (1856), de Gustave Flaubert
  4. Dublinenses (1914), de James Joyce
  5. O Vermelho e o negro (1830), de Stendhal
  6. Servidão humana (1915), de Somerset Maugham
  7. Anna Karenina (1877), de Liev Tolstói
  8. Guerra e paz (1867), de Liev Tolstói
  9. Os Buddenbrook (1901), de Thomas Mann
  10. Hail and farewell (1911), de George Moore
  11. Os irmãos Karamazov (1880), de Fiódor Dostoiévski
  12. The oxford book of english verse
  13. O quarto enorme (1922), de E.E. Cummings
  14. O morro dos ventos uivantes (1847), de Emily Brontë
  15. Longe e há muito tempo (1918), de W.H. Hudson
  16. O americano (1877), de Henry James
(Publicado originalmente no site da Revista Cult)

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