pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições de 2018 em Pernambuco: PSB reforça a aliança com o PMDB de Jarbas Vasconcelos
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domingo, 2 de julho de 2017

O xadrez político das eleições de 2018 em Pernambuco: PSB reforça a aliança com o PMDB de Jarbas Vasconcelos

 
 
 

José Luiz Gomes da Silva

Confesso que às vezes tenho dificuldade de interpretar alguns movimentos do governador Paulo Câmara(PSB). Alas fortes do seu partido, o PSB, já fecharam questão no sentido de abandonar a nau governista comandada pelo presidente Michel Temer(PMDB), exceto aqueles cujo vínculo com o governo é mais orgânico, como é o caso do Ministro das Minas e Energias, Fernando Coelho Filho(PSB) e o seu pai, o senador Fernando Bezerra(PSB). A dificuldade dos Coelhos em lidar com essa questão é tão evidente que eles passaram a ser assediados pelos Democratas, que desejam seu ingresso na agremiação. A julgar pelos últimos convescotes aqui na província, envolvendo essa ala dos Coelhos e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia(DEM), ciceroneados pelo ministro da Educação, Mendonça Filho(DEM), a migração para a legenda dos Democratas é uma questão de tempo. De há muito que essa ala dos Coelhos encontra-se desgarrada do Palácio do Campo das Princesas.
 
Ao contrário de uma tendência que se vislumbra no plano nacional, aqui na província o governador Paulo Câmara faz questão de estreitar os laços que unem o PSB e o PMDB. Isso fica evidente pela presença de palacianos ilustres durante a convenção da legenda no Estado, que reconduziu o vice-governador, Raul Henry, à direção do partido. Antes disso, porém, comenta-se que o governador esteve presente a um jantar oferecido pelo deputado Jarbas Vasconcelos, no tradicional Restaurante Leite. Depois desse jantar, Jarbas Vasconcelos(PMDB) reafirmou o seu propósito de voltar a disputar uma vaga para o Senado Federal, nas próximas eleições. No que depender do governador Paulo Câmara(PSB), a vaga já estaria assegurada, creio que independentemente de consulta ao conjunto de forças que dão suporte ao seu projeto de reeleição.
 
Vejo aqui um erro estratégico do governador Paulo Câmara, apenas compreendido num contexto mais amplo, ou seja, diante das dificuldades de relacionamento da legenda socialista com outras forças políticas que atuam no Estado, como o PT, o PSDB e o DEM. Em política é possível se dá nó em água, mas é muito pouco provável uma reaproximação entre os Democratas e os socialistas. O DEM, na realidade, mesmo reconhecendo as dificuldades, pavimenta sua estrada em raia própria, a julgar pelos movimentos do ministro Mendonça Filho(DEM). O PSDB, como sempre, é um grande dilema aqui e alhures. Bruno Araújo(PSDB), o Ministro das Cidades, se movimenta com o apoio de setores importantes da legenda tucana no Estado, mas uma candidatura nacional do partido pode significar a necessidade de alguns rearranjos na província, dada as relações estreitas entre socialistas e tucanos no plano nacional.
 
O PT, por seu turno, amarga a refrega de uma ressaca política generalizada. Anda recolhido aos aposentos, refletindo sobre os rumos que deverá tomar daqui para frente, sobretudo diante das nuvens cinzentas que se apresentam no cenário político. A imagem do partido anda bastante desgastada em função de um linchamento moral muito bem urdido. Os passos do partido, tanto aqui quanto no plano nacional, precisam ser muito bem calculados. Comentou-se durante a semana que cogitou-se de uma reaproximação entre o PT e o PSB, mas creio que isso não tenha passado de uma mera especulação. Esse divã é importante, pois o PT precisa decifrar com clareza o que dizem as espumas formadas pelas águas que batem nas pedras.  
 
 

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