pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tranquilidade? Onde?
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domingo, 11 de dezembro de 2016

Tranquilidade? Onde?

Resultado de imagem para exercito nas ruas do recife


Vamos por parte. Talvez assim conseguimos entender o que está se passando em nosso Estado. Neste sábado ocorreu uma reunião entre o governador Paulo Câmara, a sua assessoria de segurança pública, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e os comandantes militares que, de fato, assumiram o comando das operações policiais em Pernambuco. Nesses momentos, o discurso oficial dessas autoridades parecem muito bem ensaiados, sempre no sentido de demonstrar que a situação está sob controle, de que a presença das Forças Armadas seria por pouco tempo e tudo tende a normalizar-se. Até se entende que este discurso seja posto pelas autoridades, uma vez que a tendência natural seria a de tranquilizar a população. 

Mas, a rigor, as coisas não estão "sob controle" coisa nenhuma. Quem foi que disse que Forças Armadas nas ruas, realizando operações de segurança pública - repito que elas não estão preparadas para isso - poderia ser adjetivada como uma situação "sob controle"? Na realidade, estamos diante de uma situação excepcional, num momento em que o país atravessa uma grave crise institucional, vulnerável, portanto, a arrotos autoritários. O Estado de Pernambuco, por sua vez, isto sim, parece ter "perdido o controle" da nevrálgica área de segurança pública. Eis aqui mais um motivo para o nosso pessimismo, uma vez que as negociações com a Polícia Militar foram transferidas para Janeiro de 2017. É certo que já estamos no finalzinho do ano, mas não convém esquecer que nessa ápoca do ano é grande o fluxo de pessoas comprando nas ruas, transportando valores, o que potencializa a ocorrências de delitos. De imediato, isso significa, como antecipou o ministro Jungmann, que as tropas federais permaneçam mais tempo no Estado. 

Portanto, apesar de entender as razões do governador Paulo Saraiva Câmara(PSB), não vejo o menor motivo para os informes que dão conta de que a situação é de "absoluta tranquilidade". Não é e a tendência é que a mesma permaneça nesse diapasão por um longo tempo, dada a recessão econômica, a incapacidade de respostas dos entes federados aos pleitos dos servidores e à jabuticaba institucional em que estamos metidos, uma vez que os pressupostos democráticos estão irremediavelmente comprometidos pela "agenda" neoliberal ora em curso no país. São como água e óleo. Não se coadunam. É o tipo de agenda que jamais poderia ser negociada em praça pública, olhando nos olhos dos eleitores. Daí a ruptura institucional de corte autoritário. 

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