pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Quem matou Paulo Cesar Morato? Chamem o Francis Ford Coppola.
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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Quem matou Paulo Cesar Morato? Chamem o Francis Ford Coppola.




O corpo do senhor Paulo César Morato, o PC pernambucano, finalmente foi liberado pelo IML aos seus familiares, que realizaram seu funeral no dia de ontem, na cidade de Barreiros, zona da Mata Sul do Estado. Neste sábado, dia 02, a delegada encarregada de elucidar o caso, Gleide Ângelo, juntamento com um corpo técnico de peritos, realizaram uma última perícia no local de sua morte - o Motel Tititi, em Olinda - com o objetivo de descartaram completamente qualquer outra possibilidade como causa de sua morte que não o suicídio. Fizeram uma espécie de perícia topográfica do local, observando dimensões físicas, posicionamento das câmaras de segurança, altura dos muros etc. Tudo isso com o propósito de descartar a presença de mais alguém no quarto onde ocorreu a morte de Paulo César. 

Tenho acompanhado este caso aqui pela blogosfera, pela imprensa e pelas redes sociais. Pelas redes sociais, abrimos um link muito importante, um espaço que congrega médicos legistas, delegados e peritos, o que nos proporcionou lúcidos esclarecimentos sobre este caso. Louve-se o trabalho dos profissionais da Polícia de Pernambuco no sentido de elucidar este caso, mas, infelizmente, ocorreram falhas durante todo o processo o que, em última análise, vão deixar margem para as teorias conspiratórias em torno da morte do 5º elemento da Operação Turbulência. Certamente vão alegar que haveria outras tantas possibilidades de alguém adentrar aquele quarto, sem ser flagrado pelas câmaras de segurança ou até mesmo com a conivência de terceiros. Um suposto assassino poderia ter entrado antes, tranquilamente, ao lado de uma garota de programa, por exemplo, sem levantar qualquer suspeição, combinando encontrá-lo ali.

De acordo com informações publicadas nas redes sociais, a perícia nos copos onde supostamente estava o veneno ingerido por Paulo César ficaram comprometidas em razão de seu armazenamento inadequado. A perícia no Jeep também não foi realizada, creio que em razão da ordem para interromper os trabalhos, uma determinação que sempre levantou enormes polêmicas neste caso. O fato é que, em razão de uma série de "falhas", o caso Paulo César Morato irá suscitar, sempre, muitas dúvidas na opinião pública. Paulo César Morato sabia demais. Era um arquivo vivo - se desejarem um HD - com todos os dados da engrenagem da Operação Turbulência, que envolve muitos peixes graúdos da cena política e empresarial pernambucana. Como disse antes, "falhas' não seriam permitidas num caso como este. 

Este caso também contribuiu para evidenciar alguns problemas concretos no aparato de segurança pública do Estado. As notas publicadas pelo Sinpol e pela Adeppe dão a dimensão do problema. A impressão que se passa é que ninguém se entende por ali. Até mesmo a existência de uma Secretaria de Defesa Social chegou a ser questionada, em nota, pela Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco. Há brigas de egos, de espaço, corporativas, de toda ordem, o que, no final, acaba se refletindo na condução dos trabalhos e nos resultados alcançados. O grau de divisão está bastante acentuado. Até mesmo no interior da Polícia Científica parece haver alguma divisão. Algo precisa ser feito.

Se, em momentos anteriores, poder-se-ia convidar o médico legista George Sanguinetti para acompanhar os trabalhos periciais deste caso, hoje, talvez seja o caso de convidar o cineasta americano Francis Ford Coppola, diretor de O Poderoso Chefão, uma vez que o caso daria um bom roteiro de um filme policial. Possui todos os ingredientes - alguns até cômicos, como os humildes pescadores-empresários das praias do litoral sul do Estado, mostrados pelo jornal Folha de Pernambuco - até o corpinho muito bem arrumado de Paulo César Morato, algo incompatível com quem ingere chumbinho, que, naturalmente, se contorce em função das convulsões, hemorragias e dores horríveis provocados pelos seus efeitos. Até onde se sabe, não haveria - nos lençóis e nos travesseiros - evidências de uma morte por chumbinho. Mesmo um dos peritos tendo recomendado que os "pombinhos" não poderiam usar aquele espaço para sem-vergonhices, a recomendação não teria sido acatada, tendo-se limpo e aberto o quarto para as "rapidinhas" que, nestes tempos de crise, devem estar em alta. 

Para entender mais sobre o caso, não deixe de ler:

Ainda sobre a morte de Paulo César Morato, o PC pernambucano   


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