pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Paulo Rubem Santiago: Rombo nas contas públicas?
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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Paulo Rubem Santiago: Rombo nas contas públicas?


É como eu disse na segunda-feira, em palestra na Faculdade de Filosofia de Caruaru: Nem toda informação vem acompanhada de explicações. Por que? Por que há interesses nisso.
Há rombo nas contas do governo? Há. Por que? Ai a explicação desaparece. Quando Lula e Dilma deixaram de cobrar impostos em geladeiras, fogões, máquinas de lavar e automóveis, para aquecer a economia nos anos de crise, Geddel, Meirelles e Temer apoiaram a medida. Quando Lula e Dilma parcelaram em anos e anos a dívida de sonegação fiscal das grandes empresas, eles também aplaudiram. Quando os juros voltaram a subir depois de uma leve queda no governo de Dilma, eles não se manifestaram. Que receitas devem subir agora para cobrir o "rombo"? Que despesas devem ser cortadas? As maiores fontes de receitas e as maiores despesas permanecerão intocadas com Temer e Meirelles. Não vão tributar as grandes fortunas, a remessa de lucros nem os juros pagos ao capital dos acionistas das empresas. Também não vão reduzir as despesas com juros e dívida pública. Por isso manipulam os números. Falam de "rombo", mas não explicam, nem as receitas esquecidas nem as despesas maiores. Por que? Porque estão atrelados ao sistema financeiro. Vamos enfrentar isso. Com sua voz, seu grito e seu voto, desde já, agora em 2016, vamos eleger Vereadores e Prefeitos que briguem contra o corte de verbas municipais em saúde e educação ( Romero Jucá, outro Ministro de Temer, propõe isso em projeto de emenda constitucional). Vamos trabalhar cedo para garantir novos mandatos federais em 2018 com esse compromisso e essa visão. Devemos tributar mais em cima de quem pode pagar. Isso é justiça fiscal, como se faz na Europa e, em especial, em países com o Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca, reduzindo também a taxa de juros, como fez o Banco Central Europeu, baixando-a a " zero ". Nada do que temos hoje é obra do acaso, mas certamente será da omissão e do atraso. Depende de nós. Avante.

(Publicado originalmente na página que o professor Paulo Rubem mantém na rede social Facebook, aqui reproduzida com autorização do autor)


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