pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Waldir Maranhão suspende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Editorial: Waldir Maranhão suspende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.



O Brasil é realmente um país atípico. Não faz muito tempo, comentávamos sobre alguma atitude inusitada e extemporânea que, por uma dessas ironias do destino, poderiam interromper as urdiduras - por sinal muito bem orquestradas - no sentido de afastar a presidente Dilma Rousseff do exercício legítimo do seu mandato. Os seus algozes que, segundo informações sigilosas, já emitiram a senha para a prisão de Lula nesta semana, logo após, como se previa, o afastamento de Dilma, confirmado pelo Senado Federal, parece que esqueceram de combinar o script com o Deputado Federal pelo PP Estado do Maranhão, Waldir Maranhão. 

Num dos nossos últimos editorias tratando dessa questão, antecipávamos essa possibilidade, mesmo que remota. Mas aconteceu. Waldir Maranhão acaba de anular a sessão que votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, acolhendo um pedido da Advocacia-Geral da União, através de Eduardo Cardozo. Em 1964, quando os militares eram atores diretamente envolvidos na engrenagem golpista, aconteceu um fato curioso. O general Olympio Mourão desceu das alterosas um pouco antes do previsto, precipitando uma ação que, se houvesse uma reação das forças leais ao Governo de João Goulart poderia ter abortado os planos golpistas. Comentando sobre o assunto, o antropólogo Darcy Ribeiro afirmava que bastava uma rajada de metralhadora e aqueles cadetes voltariam para os quarteis para limparem as cuecas. 

Por razões óbvias, não podemos citar o nome do regente, mais a orquestra golpista, até o momento, foi muito bem regida. O desafinado mesmo, ao que parece, é o deputado Waldir Maranhão(PP). Interessado em saber um pouco mais sobre esta figura, fomos consultar nossos amigos do Estado do Maranhão. Waldir é um aliado de primeira ordem do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB), de onde pode-se concluir muita coisa. Waldir também responde a três inquéritos arrolados na Operação Lava Jato. Apesar de amigo de Cunha, votou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Como disse, trata-se de um ator político que se encaixa no figurino da maioria dos políticos brasileiros. Está na média, como se diz. Por outro, segundo soube, aconselha-se bastante com o governador Flávio Dino(PCdoB), do seu Estado, o Maranhão. O PCdoB foi o partido que mais defendeu o mandato da presidente Dilma nesse imbróglio que se montou em Brasília. Talvez até mais do que o próprio PT. Ainda é cedo para se saber quais as motivações que o levaram a tomar essa decisão, mas as possibilidades já começam a serem aventadas... até mesmo uma nova "vingança" do senhor Eduardo Cunha.  

P.S.: Do Realpolitik: A hipótese de uma vingança do Deputado Eduardo Cunha, entre todas as outras hipóteses, torna-se a mais provável. Ele desconfia de manobra de Michel Temer no sentido de afastá-lo da Presidência da Câmara dos Deputados. Antes de tomar esta decisão, Waldir Maranhão viajou com o governador Flávio Dino (PCdoB) para Brasília, onde tiveram um encontro com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Com esta informação e a desaprovação de sua atitude pelo ex-presidente daquela Casa, Eduardo Cunha, a hipótese de uma articulação da República do Maranhão para salvar o mandato de Dilma Rousseff ganha força.  


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