pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: A polêmica em torno do artigo: "A carnavalização do mito", do cientista político Michel Zaidan.
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A polêmica em torno do artigo: "A carnavalização do mito", do cientista político Michel Zaidan.





Artigo publicado aqui no blog, escrito pelo cientista político Michel Zaidan Filho, provocou algumas polêmicas nas redes sociais. O artigo foi equivocadamente interpretado pelo escritor Raimundo Carrero como ofensivo ao escritor Ariano Suassuna. Pelas manifestações dos internautas, através de nossa timeline, parece não haver dúvidas quanto ao equívoco de interpretação do escritor. Não fosse isso suficiente, quando acessamos a rede social Facebook, durante a noite, encontramos algumas mensagens de solidariedade dos amigos, todas apontando o erro de interpretação do escritor pernambucano. 

Não houve ofensa. Muito menos graves, como grifou Carrero. No artigo existe apenas uma analogia entre a obra ficcional do dramaturgo Ariano Suassuna - ou o reino da fantasia - e a realidade política do Estado, transformada num reino grotesco, surreal, dinástico, armorial, risível, pelas manobras dos governantes de turno. Didático, como costumam ser os artigos do professor Michel Zaidan, o texto foi publicado, simultaneamente, num blog de pesquisa escolar mantido por este editor. 

Ariano Suassuna foi uma espécie de mentor literário do escritor Raimundo Carrero. Leu seus trabalhos iniciais, apontando caminhos que o transformariam num escritor consagrado nacionalmente. É compreensível - e até elogiável - a sua gratidão ao dramaturgo paraibano. Ariano, por sua vez, sempre foi muito ligado aos socialistas aqui da província, assumindo as políticas culturais nos governos de Miguel Arraes e do seu neto, Eduardo Campos. Era militante filiado ao PSB, daí se entender, igualmente, a clarividência do cientista político Michel Zaidan em estabelecer esse vínculo ficcional com a realidade política observada hoje no Estado de Pernambuco. 

O artigo da polêmica:


  

Um comentário:

  1. meu caro amigo Raimundo Carrero,
    O escritor, dramaturgo e professor Ariano Vilar Dantas Suassuna foi meu dileto colega no departamento de História, da UFPE. Sempre me tratou com distinção e amizade. Ao contrário do soco que deu em Celso Marconi, em função das denúncias de clientelismo no financiamento do filme adaptado da obra do escritor, sempre foi cordial e atencioso. Lembro ainda do abraço (o último) que me deu - pelas costas - na reunião do anuncio do secretariado de Eduardo Campos em Olinda. Ariano nunca se importou com as críticas públicas que lhe fiz pelos jornais e em livro ( O fim do nordeste, Pernambuco falando para o mundo etc.) Sempre recebeu tais críticas com naturalidade e até disposto a ouví-las, quando o convidei a ir ao Mestrado de Ciência Política (quando fui coordenador do curso). Criticar quem quer que seja, em Pernambuco, Brasil e no mundo, não é crime, não é ofensa, não é impertinência ou falta de educação. É sinal de desenvolvimento cultural, intelectual, acadêmico. imagino que voce, como escritor, filiado ao PSB e tendo ocupado cargos na gestão de Arraes, se sinta mal, com as críticas. Entendo. Não sei como voce administra isso. Mas agora com as denúncias r revelações da Operação Lava-a-jato sobre o esquema de propinas da Refinaria Abreu e Lima, e o Superfaturamento da Arena Pernambuco. Mas isto é uma questão sua. Agora se ofender e protestar porque foram feitas observações às alegorias literárias que existem na obra de Ariano sobre a monarquia armorial e sua relação privilegiada com a atual oligarquia política que ora nos infelicita, sinceramente. Voce pode fazer como o atual governador e o irmão do falecido: me processe num tribunal literário de Pernambuco.

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