pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Fracassam as manifestações pró-impeachment
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domingo, 13 de dezembro de 2015

Fracassam as manifestações pró-impeachment



Existem alguns gatos pingados nas ruas, protestando contra o Governo Dilma Rousseff. Por mais que a mídia "engajada" dê uma força, a realidade é bem outra. Os protestos e pedidos de impeachment da presidente resultaram num tremendo fracasso em todo o Brasil. No Recife, a concentração do Marco Zero não reuniu 100 pessoas, liderados por aquelas figuras asquerosas de sempre. Não vou citá-los porque se trata de figurinhas bem conhecidas da população recifense. Tem aquele Deputado Federal peemedebista que foi governador do Estado e prefeito do Recife; o primeiro-irmão de um ex-governador do Estado, candidato à Prefeitura de Olinda; Os Raus. Os tucanos.

Como afirmamos, figurinhas bem carimbadas. As datas escolhidas pelos "coxinhas" para essas manifestações de rua são, ao mesmo tempo, emblemáticas e sugerem o viés dessas mobilizações. Hoje se passam 47 anos do  famigerado AI-5, uma verdadeira mordaça para o país, de consequências bem conhecidas, como censura à imprensa, perseguições e desaparecimentos de pessoas que se insurgiram contra a privação das liberdades e direitos individuais e coletivos, assim como a supressão dos mecanismos da democracia representativa que, embora frágeis, ainda assim, permite-nos criticá-los e propor seus aperfeiçoamento. 

Hoje, publicamos aqui no blog, uma longa entrevista com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro, cassado depois de uma reportagem profundamente equivocada da Revista Veja. Mesmo os checadores da publicação descobrindo a tempo o equívoco, para evitar os prejuízos da publicação, lançaram a revista às bancas, destruindo a reputação do então deputado Ibsen Pinheiro. Aconteceram outros casos - como o do então ministro da Saúde, Alcenir Guerra - literalmente "massacrado" pela mídia. Depois se descobriu que se tratava de um inocente. Mas, o caso de Ibsen, para mim, tornou-se emblemático. Desde então, passei a manter contato com ele, que sempre teve a gentileza de responder as nossas mensagens. Ibsen é jornalista e advogado, hoje vivendo na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul. Nas eleições passadas, tentou - sem sucesso - uma cadeira de Deputado Estadual. 


Um dia, perguntei a ele porque ele não havia processado a revista Veja. Ele nos respondeu: "Prezado José Luiz, obrigado por sua solidariedade. Não cogitei de uma ação judicial de reparação pela convicção de que o sofrimento que me foi imposto não deve ser precificado. Me considero, aliás, compensados pela reparação, judicial, pública e eleitoral, especialmente quando lembro de outras vítimas, atuais ou históricas, que só tiveram reparação no obituário , ou nem isso. Me basta o reconhecimento de pessoas como tu e como os milhares que me confortaram com seus votos nas campanhas que fiz no retorno. Muito obrigado e grande abraço." Ibsen Pinheiro.

Em termos políticos, a entrevista de Ibsen Pinheiro nos dá a dimensão do que está ocorrendo com esses mobilizações na tentativa de apear do poder - sem razões políticas ou jurídicas - uma presidente legitimamente eleita pelas urnas, dentro do jogo da democracia representativa. Talvez seja por isso que os mais consequentes e sensatos resolveram ficar em casa, neste domingo, lendo um bom livro. Os horrores que se seguiram ao AI-5 são suficientes para baixarmos a poeira, tomarmos consciência da real dimensão dessa onda golpista. Na atual quadra política, não há luz no fim do túnel. Não tenho dúvida de o PT cometeu alguns graves equívocos políticos e na condução da política econômica.

Mesmo tendo acertado em suas políticas públicas redistributivas de renda, que tirou milhões da extrema pobreza, não nego que tenhamos cometido alguns erros. Talvez um bom exemplo disso seja a onda de créditos para isso e para aquilo, quando a infraestrutura sanitária do país continuou precária, permitindo as epidemias do transmitidas pelo mosquito Aedis Aegypti. O ajuste fiscal, por outro lado,  é uma condição que se impõe a qualquer governo. Qualquer governo. A administração da máquina pública em todos os níveis, tornou-se um grande gargalo. 

É preciso que se reconheça, entretanto, que regras democráticas significam riscos e incertezas. Se apostamos equivocadamente - como eles tentam sugerir, posto que não me arrependo em nenhum momento em ter votado em Dilma - num segundo mandato para a presidente Dilma Rousseff, é igualmente importante compreender que ele se encerra em 2018, onde esse "amontoado" de conspiradores terão a oportunidade de informar ao país os problemas, pedindo o voto dos eleitores descontentes. Falamos em "amontoado" porque eles só se unem num ponto: na ideia fixa de apear a presidente do poder. No mais, a tribo congrega de um tudo, inclusive grupos de ultra-direita, propugnadores de regimes políticos fechados, de práticas fascistas. 

Temos todas as razões para desconfiar dessa gente. Precisamos de mais atores políticos com a coragem do nosso governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, do PSB, que convocou a população para defender o Governo da Presidente Dilma Rousseff, reeditando a "Campanha da Legalidade" dos idos dos anos 60, liderada pelo ex-governador Leonel Brizola.  




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