pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições de 2016, no Recife: Jarbas e Priscila: Será?
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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O xadrez político das eleições de 2016, no Recife: Jarbas e Priscila: Será?






José Luiz Gomes

Um ano antes das eleições, já é possível observar uma movimentação expressiva nos partidos, naquilo que poderia ser classificado como "dança das cadeiras". Estamos atentos a essas movimentações, com uma concentração mais efetiva no que se refere ao Partido dos Trabalhadores. No momento, essas movimentações assumem um objetivo maior de procura de acomodações de espaços, visando as próximas eleições municipais de 2016. Pelo andar da carruagem política, percebo que a Rede, de Marina Silva, finalmente consolidada, vem alcançando sucesso em suas pescarias por todo o Brasil. 

De passagem pelas águas do Capibaribe, conseguiu arrastar o vereador do PT, Luiz Eustáquio, que deixou a legenda para filiar-se à Rede, de certa forma, desfalcando a oposição ao prefeito Geraldo Júlio. Há quem assegure que a saída do vereador Luiz Eustáquio não surpreendeu a muita gente dentro do PT. Ele já vinha mantendo uma linha de atuação mais independente, não necessariamente convergente com as diretrizes da legenda. Sem um partido para chamar de seu, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, caminhou sob o guarda-chuva dos socialistas, engajando-se no projeto presidencial do ex-governador Eduardo Campos, uma aliança para lá de contraditória, uma relação entre tapas e beijos. 

O ambientalismo de Marina, embora com algumas clivagens intrínsecas, contrastava com o descaso dos socialistas com as questões ambientais. Aliás, os socialistas mantém essa contradição até hoje, embora estejam bastante afinados com os verdes na gestão do Recife e do Estado de Pernambuco. Curioso isso, não? É algo que nos suscita, no mínimo, a necessidade de um aprofundamento. Lá pelos idos da década de 80, os verdes brasileiros eram os aliados preferenciais da política de alianças do Partido dos Trabalhadores. Em certo sentido, os verdes brasileiros mantinham alguma identidade programática com o Partido Verde alemão, então seus inspiradores. 

Ao longo dos anos, entretanto, os "verdes" deixaram de ser uma "unidade" até mesmo no que concerne à defesa do meio ambiente, conceitualmente falando, sem falar nas outras querelas internas, que abriram várias dissidências entre eles. Hoje eles estão bastante descaracterizados, alinhavando-se com partidos políticos de todos os quadrantes ideológicos, preferencialmente os situados no no centro para a direita do espectro político. Compromissos ambientais? Isso parece não orientar os verdes em seu processo de composição de alianças políticas. Aqui me Pernambuco, por exemplo, o secretário do Meio Ambiente é um cidadão conhecido como Sérgio Xavier(Rede), que disputou as eleições para o Governo do Estado, concorrendo com o então governador, Eduardo Campos, que disputava o seu segundo mandato.

Durante a campanha, levantou inúmeros problemas de descaso com o meio ambiente no Governo do Estado. Terminada as eleições, Eduardo Campos eleito para mais um mandato, eis que Sérgio Xavier é convidado para assumir a pasta do meio ambiente. Há um professor da Universidade Federal que, sistematicamente, cobra das autoridades estaduais maior responsabilidade com a condução das políticas de preservação e respeito com o meio ambiente. Há uma contradição tremenda nesse aspecto, com a aprovação de projetos de impactos ambientais extremamente danosos, cuja Secretaria de Meio Ambiente não se interpõe. 

Realmente não sei o que contou nessa aliança entre verdes e os socialistas locais. Talvez eles tenham se enfeitiçado com aqueles olhos verdes do ex-governador. É uma hipótese. Porque, do ponto de vista mais racional, não entendo essa simbiose. Na realidade, esses alinhamentos programáticos, de fato, não significam muita coisa na nossa engrenagem política.Vamos mudar um pouco de assunto, porque isso pode estar cansando os nossos poucos, queridos leitores. Se nós formos às vias de fato no sentido de destrinchar as reais motivações dessas alianças, essa gente nos ameaça com processos, algo que se tornou rotina num Estado onde os gestores da res pública dão respostas sobre a condução da máquina através desses expedientes. Parece até que eles não têm nada mais importante para fazer, num momento, inclusive, bastante delicado da nossa política e da nossa economia. 

Digno de registro nessa semana, uma notinha do ex-prefeito João Paulo, informando que ele não tem nada a ver com as maracutaias encontradas pela Polícia Federal no leilão do terreno do Cais José Estelita, que pertencia a Rede Ferroviária Federal, arrematado pelo Consórcio Novo Recife, em condições bastante duvidosas, com prejuízos evidentes para o erário. A nota explica, inclusive, porque a a Prefeitura da Cidade do Recife, à época, se recusaria em adquirir o terreno. A PCR teria prioridade sobre a aquisição do terreno.A notinha foi interpretada por alguns como um recado do tipo: Estamos no jogo. Uma entrevista concedida pelo senador Humberto Costa a uma rádio local também externaram indícios claro de que o partido concorrerá à Prefeitura da Cidade do Recife, em 2016. E, neste caso, evidentemente, o nome do ex-prefeito João Paulo aparece como um dos mais cotados. 

Normalmente, este artigo de monitoramento das próximas eleições municipais são sempre publicados às quintas-feiras. Ter esperado para publicá-lo na sexta-feira, nos permitiu acompanhar uma movimentação curiosa. Curiosa, até certo ponto. Se Jarbas privilegiar sua atuação na província, há que anteveja a possibilidade do lançamento de uma candidatura à Prefeitura da Cidade do Recife, provavelmente, num arco de alianças que lembrariam a reedição de nova União por Pernambuco. Vale aqui o registro de que a primeira União por Pernambuco foi celebrada na Fazenda do Mendonção, uma velha raposa política do Agreste, ligada ao PFL, hoje DEM, partido da vereadora Priscila Krause. Alguns blogs já antecipam a chapa: Jarbas na cabeça e Priscila na vice. Vamos aguardar mais um pouco. 

Um outro acontecimento político que não poderia ficar ausente de nossos comentários foi a filiação do ex-governador e ex-prefeito do Recife, Joaquim Francisco, ao PSDB. Uma filiação bastante prestigiada pelos tucanos de todas as plumagens - inclusive um de plumagem meio esverdeada, o deputado estadual, Daniel Coelho. Até recentemente, se especulava bastante sobre a eventualidade de uma candidatura de Joaquim Francisco à Prefeitura da Cidade do Recife, em 2016. Ultimamente, entretanto, segundo alguns blogs divulgaram, ele poderia cumprir o mesmo papel que o também ex-governador, Gustava Krause, desempenhou no passado, ou seja, constituir-se como um puxador de votos no ninho tucano, disputando uma vaga de vereador pelo partido na Casa de José Mariano.Aparentemente, ele não vê nenhum problema.



  


  

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