pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho do Jolugue: Acabou a farra das doações de empresas privadas às campanhas eleitoriais.
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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Tijolinho do Jolugue: Acabou a farra das doações de empresas privadas às campanhas eleitoriais.





Ainda repercute pelas redes sociais o discurso e a postura do ministro Gilmar Mendes sobre matéria que está sendo apreciado no STF, que trata do financiamento privado de campanhas políticas. Nos parece que a estratégia do ministro Gilmar Mendes era adiar a votação, feito obtido com a duração do seu discurso, que passou das 05 horas, não permitindo que o advogado da OAB externasse seu pronunciamento sobre a matéria. Embora investido da liturgia do cargo, o ministro usou a tribuna do STF para proferir um discurso político, tendencioso, com endereço certo: O Governo da presidente Dilma Rousseff. Ele já foi chamado de tudo aqui pelas redes sociais, mas eu não ousaria fazer o mesmo, sobretudo por uma questão de coerência com a linha editorial do blog. O que vem ocorrendo com o STF dá bem a dimensão da encrenca onde estamos metidos, com as principais instituições da República comandadas por atores políticos com a estatura de um Gilmar Mendes, de um Eduardo Cunha, de um Renan Calheiros. 

Não sabemos o que poderá ocorrer daqui para frente com o Governo Dilma - num equilíbrio bastante frágil - mas há algo de muito podre no reino da Dinamarca. Isso não pode dar muito certo mesmo não. Com posturas como a do Gilmar Mendes, o STF deixa de ser aquela instância do equilíbrio, da equanimidade, da isenção; Dilma foi eleita com um programa e capitulou-se ao programa do adversário, praticando uma espécie de estelionato eleitoral; a base de apoio faz o jogo dos algozes de Dilma, articulando com seus adversários para derrubá-la; prenuncia-se um sucateamento dos serviços públicos; comprometimento dos programas sociais que sempre foram a marca diferencial dos governos de coalizão petista; mobilizações dos movimentos sociais contra o governo, como é o caso do MTST, que está prevista para o dia 23 próximo; imprevisibilidade dos acertos dessas últimas medidas no que concerne ao enfrentamento da crise. São muitos poréns.

A  manobra de Gilmar Mendes, no entanto, teve uma durabilidade exígua. Por 8 votos contra e 3 a favor, foi decretara a inconstitucionalidade das doações de empresas às campanhas políticas. Apesar dos poréns, será que nem tudo está perdido?

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