pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho do Jolugue: Os descaso da política cultural socialista no Estado.
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sábado, 29 de agosto de 2015

Tijolinho do Jolugue: Os descaso da política cultural socialista no Estado.




Com raras exceções - talvez os bancos que sempre anunciam lucros exorbitantes, mesmo no contexto dos governos de coalizão petista - passamos por um momento bastante delicado na economia. Nas três esferas de governo os problemas se multiplicam. Professores e servidores administrativos de algumas universidades estão parados, enfrentado um verdadeiro impasse nas negociações com o Governo Federal, que não abre mão da proposta de 21% divididos em 04 anos. Quando o caboclo "recebe", o percentual já foi engolido pelo processo inflacionário. Soube que algumas categorias terceirizadas da Prefeitura da Cidade do Recife estão com os seus salários atrasados. A Polícia Civil do Estado resolveu adotar uma prática bastante pedagógica para protestar contra a precarização do trabalho pela qual estão sendo vítimas. Estão fazendo campanha nas ruas denunciando o descaso do Governo Estadual com a segurança pública.  

Nos últimos dias, a palavra mais pronunciada pelo governador Paulo Câmara(PSB) foi, sem dúvida, "cortes". A situação, volto a repetir, não está boa para ninguém, com honrosas exceções. Ontem li e reli uma carta-protesto escrita pelo escritor Cristiano Ramos, onde ele explicava porque estaria deixando de fazer uma mediação no Festival A Leta e a Voz, em homenagem a Ariano Suassuna, promovido pelo Secretaria de Cultura do Governo do Estado. A área de cultura, que sempre foi muito castigada, foi uma das mais atingidas pelos cortes anunciados pelo Governo do Estado. 

A gestão cultural do Estado passou a ser uma temeridade nos governos neo-socialistas do PSB, tanto no plano estadual quanto no plano municipal. O Teatro do Parque completará seu centenário fechado ao público. Recentemente, o Governo Estadual também anunciou o cancelamento do Festival Internacional de Poesia. O que transparece no discurso do escritor Cristiano Ramos não são apenas as contingências pontuais, mas, igualmente, os problemas estruturais de contingenciamento de recursos para área, além de uma gestão que tem se mostrado pouco eficaz no tratamento desses recursos escassos. Ocupa aquela secretaria hoje, como titular, o senhor Marcelino Granja, ligado ao PCdoB, o que, per si, já pode nos fornecer alguns indicadores sobre esta gestão.

Os partidos de esquerda sempre mantiveram uma relação melhor com as políticas culturais. Ocorre que já faz algum tempo que o PCdoB deixou de ser de esquerda. Está entranhado nas malhas da burocracia da máquina pública brasileira com práticas de fazer corar o mais ilustre direitista. Não há, na realidade, políticas culturais de corte republicano, mas um jogo movido por puro pragmatismo, orientado pelo compadrio, um enredo de interesses nebulosos. 


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