pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho do Jolugue: As previsões pessimistas de Marcelo Neri
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sábado, 29 de agosto de 2015

Tijolinho do Jolugue: As previsões pessimistas de Marcelo Neri



Admiro bastante as pessoas que assumem posições, independentemente das consequências. Assumir posições tem algumas implicações conhecidas, seja no aspecto positivo, seja no negativo. As pessoas passam as nos odiar ou a nos admirar. Não dá para ser indiferente com quem assume posições. Há um economista da Fundação Getúlio Vargas que realiza(ou) uma brilhante carreira acadêmica. Sua polêmica tese de doutoramento - depois de muito criticada pelas igrejinhas do campo acadêmico - foi solenemente aplaudida e premiada pela ANPOCS - a prestigiada associação de classe do pessoal das Ciências Sociais. Por tratar do tema das desigualdades sociais no país, muitas de suas conclusões foram debatidas em sala de aula com nossos alunos. 

Aliás, esse economista tornou-se uma referência nacional nos estudos sobre as desigualdades sociais no país. Sem exagero, a maior dela. Suas ligações com o também economista (petista) Márcio Pocchmann, o levaram à burocracia do Estado, onde presidiu o IPEA e ocupou a cadeira de ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Como burocrata do Estado, foi uma das peças chaves na engrenagem das políticas públicas dos governos de coalizão petista, responsável por avanços significativos no combate às desigualdades sociais e de renda no Brasil. 

No segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, eis que fomos surpreendidos com a sua saída do governo. Ele foi substituído pelo professor Roberto Mangabeira Unger, a quem ficou incumbida a responsabilidade de elaboração do plano Brasil, Pátria Educadora. Até hoje ninguém entendeu muito bem porque aquela pasta e não o Ministério da Educação ficou responsável pelo plano. O pior é que o diálogo entre os dois ministros não é dos melhores. Como escrevemos numa outra oportunidade, o perfil dos atores é um fato importante para conhecermos as reais intenções dos governantes. 

Quando foi anunciada a sua saída daquela pasta, prevíamos problemas com as políticas estratégicas que sempre estiveram associadas aos governos da coalizão petista. O professor voltou a dar aulas e a escrever seus artigos acadêmicos. Recentemente concedeu uma entrevista a um grande jornal, onde fica patente um elemento para entendermos melhor a sua saída daquela pasta. Um tanto quanto pessimista, ele afirmou que os avanços sociais conquistados nos últimos anos correm um sério risco de estancar. Ou o Governo Dilma muda os rumos, ou a curva volta a ser descendente, desfavorável ao andar de baixo da pirâmide social. Estamos falando do economista Marcelo Neri.

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