pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições municipais do Recife, em 2016: um meio de campo ainda embolado,mas a disputa promete.
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sábado, 25 de julho de 2015

O xadrez político das eleições municipais do Recife, em 2016: um meio de campo ainda embolado,mas a disputa promete.





José Luiz Gomes


Estávamos à procura de alguns fatos novos que nos motivassem a escrever sobre as costuras em torno das eleições municipais do Recife, em 2016. Conforme prometemos, semanalmente, escreveríamos um artigo tratando deste tema. Durante esta semana surgiram muitas denúncias de possíveis irregularidades na gestão do socialista Geraldo Júlio(PSB), inclusive na famigerada Secretaria de Educação do Município do Recife, algo que, de tão corriqueiro, já se tornou lugar comum. Os problemas naquela pasta, voltamos a repetir, não é de ideologia, mas de pouca vergonha mesmo e ausência de lisura com o uso do dinheiro público. Eles estão se arrastando desde a gestão anterior. Por alguma razão, esses problemas continuaram na gestão do senhor Geraldo Júlio, que chegou a nomear um técnico do TCE para o órgão, quiçá com o propósito de "destravar" as contas que estavam bloqueadas, acarretando inúmeros problemas para o alunado da rede. 

Gostaríamos muito que alguém mais especializado em finanças públicas pudesse nos informar a razão de a Secretaria de Educação do Município torna-se um dos órgãos mais visados pelo malversadores do dinheiro público. Normalmente eles correm para onde há dinheiro ou "facilidades". Quando isso ocorre com muita frequência num determinado órgão, é que a "engenharia da fraude" já está consolidada, facilitando as manobras, como vinha ocorrendo com a Petrobras, a julgar pelos desdobramentos das investigações da operação a Lava Jato. Vamos nos parecer ingênuos, mas parece ter faltado empenho da atual gestão em coibir essa sangria do dinheiro público. Ou, de repente, sobram "empenhos". Algo que também deve ser observado com uma lupa são esses convênios celebrados entre as universidades e outros órgãos públicos, com o propósito de capacitação de servidores. Um verdadeiro ralo, por onde escoam desvios de dinheiro público.
O FUNDEB - Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica -por exemplo, até recentemente, era a rubrica mais fraudada, entre tantas outras. Aliás, o termo "se arrastando" também poderia ser aplicado à gestão do senhor Geraldo Júlio, que, em razão das contingências atuais, dificilmente terá condições de apresentar um bom saldo para o eleitorado em 2016. Como diria os nossos avós, nada se faz sem dinheiro. E quando esse dinheiro não está sendo bem empregado, então. Os menudos de Eduardo Campos, aliás, estão bastante encrencados. Lá pelas bandas do Palácio do Campo das Princesas, o senhor Paulo Câmara despachou uma circular com todo o seu secretariado informando que é tempo de vacas magras. Muito prudência nos gastos. Se, como já se prevê, as medidas de ajustes fiscais de Dilma Rousseff não atingirem os efeitos esperados, aí a vaca vai para brejo mesmo. É nesse aspecto que um diálogo de conciliação nacional envolvendo o Governo as lideranças da oposição constitui-se como fundamental. Nesse lodaçal, todos podem se ferrar.

Pelo andar da carruagem política, o senhor Geraldo Júlio tentará continuar como inquilino do Palácio Antonio Farias numa quadra bastante adversa, o que poderia está animando seus opositores. Diante desses cenários de turbulências, é danado para surgirem alguns nomes inusitados como concorrentes, como o do Deputado Federal, Sílvio Costa(PSC), depois de sua defesa do Governo Dilma, que alcançou uma enorme repercussão pelas redes sociais. Sílvio Costa é vice-líder do Governo na Câmara dos Deputados. É conhecido por uma verve ácida, capaz de demolir os adversários desavisados. Diante de um quadro de articulação política caótico, evidentemente, a defesa de Sílvio deve ter provado cócegas nos ouvidos do Planalto. Daí a se concluir que já estaria em andamento alguma articulação no sentido de viabilizar seu nome como candidato, é uma história completamente diferente. 

Em todo caso, porém, o seu filho, o Deputado Estadual Sílvio Costa Filho(PSC), em razão, da performance do pai, pode deixar a condição de peão no tabuleiro do xadrez político das eleições municipais de 2016, no Recife, assumindo o papel de uma peça de maior relevância nas entabulações. Até recentemente, depois de um longo e tenebroso inverno, o ex-prefeito do Recife, João da Costa voltou à cena política para informar que não estaria nada satisfeito com a gestão do seu sucessor, Geraldo Júlio. E olha que não falou como prefeito, mas como cidadão, o que não é pouco. João da Costa sempre foi um ator político muito bom de máquina partidária. Quando veio a público os nomes preferenciais do partido para serem nomeados para órgãos federais no Estado, lá estava o nome do matuto de Angelin. Segundo dizem, poderá vir a ocupar a Superintendência Regional do DINIT no Estado. Quem também foi nomeado foi o seu padrinho político e ex-prefeito do Recife por dois mandatos, João Paulo Lima e Silva, que assume a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a SUDENE. Assumir o órgão, nas atuais circunstâncias, penso que pouco acrescenta ao capital político de João Paulo(PT), além dos problemas de "descontinuidade" de gestão. 


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