pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Francisco, o Papa da era pós-pobreza?
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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Francisco, o Papa da era pós-pobreza?


Confesso que o Papa Francisco está nos surpreendendo positivamente. No campo da diplomacia, reconheceu o Estado Palestino, vem mantendo boas relações com Cuba, visitou a ilha caribenha e recebeu, até recentemente,no Vaticano, o presidente daquele país, Raul Castro. São diálogos amistosos, tipicamente no sentido de quem deseja aparar arestas políticas ou ideológicas. Está em curso no Vaticano a elaboração de uma nova encíclica. Francisco não teve a menor cerimônia em pedir, num dos pontos, a colaboração do teólogo brasileiro, Leonardo Boff, ligado à Teologia da Libertação. Aliás, essa aproximação com a Teologia da Libertação , uma corrente teológica duramente perseguida por setores mais conservadores do Vaticano durante anos, tem sido uma prática constante do Papa Francisco. Já recebeu informalmente Frei Beto, estuda a beatificação de Oscar Romero - bispo de El Salvador morte durante a guerrilha - e do nosso eterno arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder Câmara. Depois de décadas isolado, perseguido e vigiado, finalmente, o papa Francisco tirou do ostracismo o principal expoente da teologia da opção pelos pobres, o teólogo peruano, Gustavo Gutiérrez. Gustavo esteve no Vaticano e elogiou a atmosfera que se respira na sede da Igreja Católica. Do alto dos seus 84 anos, lúcido e com as convicções inabaláveis, Gutiérrez deixou o seu recado: se fala tanto em pós-capitalismo, em pós-socialismo. Talvez fosse o caso de falarmos em pós-pobreza. Bravo, Gutiérrez!

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