pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho Real: A "cota" ética que Renato Janine Ribeiro empresta ao Governo Dilma Rousseff
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sábado, 28 de março de 2015

Tijolinho Real: A "cota" ética que Renato Janine Ribeiro empresta ao Governo Dilma Rousseff


Ainda temos poucas informações sobre as negociações de bastidores que determinaram a escolha do nome do filósofo Renato Janine Ribeiro para o Ministério da Educação. Independentemente disso, no entanto, as repercussões estão sendo muito positiva, sobretudo quando se toma como referência o próprio PT, a academia e a base social que apóia o projeto Dilma Rousseff. Dilma parece ter aproveitado a vacância do cargo para fazer uma minirreforma política, dizem, por orientação de Luiz Inácio Lula da Silva. Diante das circunstâncias adversas, observa-se uma reaproximação entre Lula e Dilma, que estavam um tanto quanto distanciados. O Palácio voltou a ter a presença de homens da estrita confiança de Lula, como é o caso de Edinho Silva, ex-tesoureiro de campanha, que assume a SECOM, uma área muito problemática neste segundo mandato de Dilma. Dizem que é o coringa do projeto Lula 2018. Por outro lado, depois de derrotas sucessivas, Mercadante - embora formalmente no cargo - já não exerce as funções de articulador político do Planalto. Seu papel agora é cobrar dos outros ministros resultados sobre as obras importantes do Governo. Este também era um desejo de Lula. As atitudes de Mercadante o tornaram uma pessoa que representava apenas a si mesmo. Tornou-se uma espécie de superministro. Um interlocutor privilegiado junto a Dilma. Pasmem os senhores, mas com uma ascendência maior do que o padrinho político da presidente. Realmente, essa situação - como diria uma colega de trabalho - não podia continuar. Penso que Mercadante não leu aquele livro sobre o poder, que vivia na cabeceira do babalorixá Antônio Carlos Magalhães. As circunstâncias políticas não nos permitem falar em "cota" pessoal da presidente Dilma Rousseff. Ainda insisto que a indicação de Renato Janine Ribeiro para aquela pasta envolveu alguns arranjos políticos e a montagem de uma xadrez intrincado, que sinaliza, no mínimo, para uma média com setores sociais mais afinados com o Governo Dilma. Isso é possível concluir pelo perfil do filósofo. As mesmas observações se aplicariam ao caso da nomeação de um outro filósofo, Mario Sergio Cortella, cujo nome passou a ser especulado nos últimos dias. Sempre afirmei que a escolha do nome do futuro titular da pasta seria um ponto de inflexão do Governo Dilma. Parece que acertamos. Apesar das dificuldades da pasta, a escolha de Renato Janine Ribeiro pode significar que, de fato, o Governo Dilma pretende levar a sério o slogan: Brasil, Pátria Educadora. Um outro aspecto a ser considerado a "cota" ética que ele empresta ao Governo, quiça sinalizando que Dilma, igualmente, está atenta à necessidade de passar um verniz ético na administração pública. Enfim, por inúmeras razões, a indicação de Renato Janine para a pasta de Educação, conforme assinalamos, significa um ponto de inflexão no Governo Dilma.

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