pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Efeito coxinhas: A queda para o alto de Cid Gomes, ex-ministro da Educação.
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quinta-feira, 19 de março de 2015

Efeito coxinhas: A queda para o alto de Cid Gomes, ex-ministro da Educação.




Ainda repercute, em todo o Brasil, a fala do hoje ex-ministro da Educação do Governo Dilma Rousseff, o cearense Cid Gomes, no dia de ontem, no plenário da Câmara dos Deputados. O Planalto ainda tentou evitar sua fala, mas o presidente da Casa, Eduardo Cunha, insistiu. Parecia desejar que ele se retratasse diante dos seus comandados. Seria uma forma de humilhá-lo. Cid não baixou a crista, foi altivo e disse um monte de verdades, antes de ter o microfone cortado. Cid sai maior do que entrou no Governo. Na realidade, em razão de não admitir retratar-se, ele chegou ao plenário já na condição de ex-ministro da Educação. Volto a insistir, não havia uma grande expectativa em torno de sua gestão naquele ministério, embora, em, resposta ao repórter Fernando Castilho, do JC, um comentarista tenha elencado alguns fatos curiosos - e bem-sucedidos - de "cases" de educação em Sobral, reduto político da família Ferreira Gomes. Sua indicação foi resultado de alguns arranjos políticos contingenciados pelas dificuldades de Dilma neste início de mandato. Comenta-se pelas coxias que Cid até teria recusado o cargo, mas Dilma insistiu. Ouso até inferir que, neste contexto, o PT já não observava a área de educação como estratégica, haja visto os problemas que se avolumavam naquela pasta. Aliás, não apenas naquela pasta.  

Eita início de Governo complicado: Economia moribunda; travamento político; um escândalo de proporções gigantescas - onde já começam a surgir os indícios de generalização para outras empresas estatais; uma oposição que não consegue curar-se da "ressaca eleitoral" - ainda não aceitaram os resultados das eleições; os coxinhas nas ruas;uma presidente fragilizada, refém de seus achacadores. Não nutro grandes simpatias pelos Ferreira Gomes, mas, neste caso, não há como deixar de reconhecer os méritos de Cid. A princípio, pode-se pensar que ele cometeu uma espécie de sincericídio. Mas não é verdade. Seu propósito, na realidade, foi atingido. A estratégia em jogo é a de uma projeção política, quem sabe, até mesmo no plano nacional, depois de passar pela Prefeitura de Fortaleza. A presidente e o PT devem muito aos Ferreira Gomes. Os arranjos políticos celebrados pelo PT naquela arena política foram importantes para a vitória de Dilma Rousseff nas últimas eleições, além de viabilizar a eleição de um governador do partido, Camilo Santana, ex-secretário de de Governo de Cid. Durante todo o tempo em que esteve no plenário, Cid mantinha sob seus cuidados, uma pasta com uma indicação do nome de Eduardo Cunha. O que teria aquela pasta? Um dossiê sobre os envolvimentos do deputado em possíveis casos de corrupção? Há quem informe que Mercadante deve assumir o cargo. Ele é ex-ministro da pasta e hoje atua na Casa Civil. Apesar do prestígio ainda alto no Planalto, se Dilma finalmente resolver ouvir Lula, ele volta para a Av. Paulista para complicar ainda mais a vida de Marta Suplicy. 

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