pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho do Jolugue: Fernando Haddad para a presidência da República.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Fernando Haddad para a presidência da República.




Lamentei profundamente quando o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad deixou o Ministério da Educação. Razão muito simples. Vinha fazendo uma excelente gestão naquele Ministério, inclusive com alguns projetos estratégicos para a educação básica, o nosso maior gargalo na educação. Mas Haddad estava naquela núcleo de renovação do PT pensado por Lula. Estrategicamente, Lula pensou esse grupo para atuar na grande São Paulo e seu cinturão. Penso que o objetivo do líder petista seria minar a resistência tucana no seu ninho mais emplumado, assim como o mingau quente pelas beiradas, sem se lambuzar.  A julgar pelos resultados do último pleito estadual, essa é uma meta ainda distante de ser alcançada. O PSDB é, sobretudo, um partido da plutocracia paulista, como costuma informar o sociólogo Francisco de Oliveira. Apesar dos tropeços em Campinas - com o economista Márcio Pochmann, ex-IPEA - Haddad foi eleito para prefeito de São Paulo. Deu o esperado. Se o Brasil perdeu um bom Ministro da Educação, São Paulo ganhou um excelente gestor, capaz de inovar na gestão pública, sobretudo ao lidar com as minorias secularmente desprezadas pelo poder público. A sua política para recuperação dos viciados em crack, por exemplo, é algo bastante inovador e humano. Ao tratar os desiguais de forma diferenciada, deu um ótimo exemplo também ao eleger entre as prioridades dos beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida,  a rapaziada do LGBT. Outra decisão que alcançou aplausos foi sua política de aumentos do IPTU municipal cobrando, de fato, de quem pode pagar mais em benefício da coletividade. Ao receber uma poupada quantia de um banco que devia ao município, vai reverter os recursos para a ampliação do programa de creches. Por essa e outras medidas, foi bastante aplaudido durante as comemorações da vitória de Dilma em São Paulo. É comum encontrar nas redes sociais manifestações de recifenses pedindo para que ele se candidate a prefeito de nossa cidade. Este, aliás, é um fenômeno que se repete também em relação a outras cidades. Petismo à parte, Haddad é um dos melhores quadros da administração pública brasileira. Há quem advogue que Lula poderia tentar voltar ao Planalto em 2018. Uma possibilidade sempre especulada. Mas, na impossibilidade de Lula disputar aquelas eleições, possivelmente, o nome de Haddad está entre os mais cotados nas hostes petistas. Haddad também surge como alternativa para tentar desbancar a hegemonia tucana em São Paulo. Aqui, no entanto, a conversa é outra, sobretudo se considerarmos o fato de estarmos diante de um eleitorado majoritariamente conservador e anti-petista. Morrem de sede votando nos tucanos.

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