pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho do Jolugue: Dilma, um longo e tenebroso inverno com a opoisção em 2015?
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sábado, 8 de novembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Dilma, um longo e tenebroso inverno com a opoisção em 2015?





Muita tinta já foi gasta com essa birra de menino mimado do senador Aécio Neves, inconformado com o fato de ter perdido a disputa nas eleições presidenciais de 2014. Há vários aspectos a serem considerados nessa atitude, nenhum deles positivo para a saúde de nossas instituições democráticas, a rigor, sempre combalida. Se pudéssemos resumir porque Dilma Rousseff venceu aquelas eleições, poderíamos concluir que, em síntese, apesar da contraposição da elite e de setores da classe média, no geral, a população optou pela manutenção e os avanços sociais conquistados nos últimos governos de coalizão petista. Concretamente falando, o PSDB pretendia estrangular esses avanços, fazendo coro com aqueles que nos últimos quinhentos anos mantiveram a sociedade brasileira ostentando índices acachapantes de justiça social. O PSDB nunca teve resposta para essa questão. Nem quando foi governo, durante 08 anos de mandato do senhor Fernando Henrique Cardoso. Evidentemente que existem uma série de outros fatores conjunturais a serem considerados, mas, a rigor, não há qualquer dúvida de que isso foi o divisor de água desses eleições. O PSDB perdeu dentro das regras do jogo democrático. Embora a democracia representativa burguesa tenha lá seus vieses, é o que temos no momento e todos os partidos institucionalizados, em tese, se propuseram a respeitá-la, como é o caso do PSDB, que já participou do rodízio do poder, inclusive no plano federal. A princípio e a julgar pela entrega de faixa presidencial entre FHC e Lula, não de pode concluir que os tucanos sejam, necessariamente, mal perdedores. Essas últimas eleições, no entanto, acirraram muito os ânimos do eleitorado, que ficou bastante dividido. Isso permitiu aflorar manifestações de preconceito, agressões e ódio. Em alguns casos, com o endosso de postulantes, que se comportaram muito mal nesse aspecto. Alguém já disse para os tucanos se afastarem dos radicais de direita. Isso vem fazendo muito mal ao partido. O partido já não é lá essas coisas. Com essas mas companhia, então. Essa ideia fixa de tirar o PT do poder não pode conduzir o país ao caminho da normalidade democrática. Muito ao contrário, pululam por todo o país atitudes que dizem exatamente o contrário, como a marcha daqueles inconsequentes que pediam a volta dos militares ao poder. Dilma venceu as eleições, mas todos sabem que não navegamos em céu de brigadeiros. Há problemas, alguns deles de ordem estrutural, que precisam serem enfrentados, como a regulamentação democrática da mídia, a reforma política, o aperfeiçoamento dos instrumentos de combate à corrupção na máquina. Soma-se a isso as questões conjunturais da economia, que já atinge o cidadão em sua parte mais sensível, como diria o economista Roberto Campos. A postura revanchista do PSDB indica que teremos sérios problemas pela frente. No apogeu da ascendência de Aécio Neves nas pesquisas, segundo fomos informados, os caciques da legenda e aliados chegaram a fazer reuniões para dividir o latifúndio governista entre eles. Estavam certos da vitória. Veio a reação petista e eles perderam as eleições. Não baixaram as armas. Insinuaram que iriam pedir uma auditoria na contagem dos votos, mas voltaram atrás. A proposta de diálogo e conciliação encampada por Dilma foi rechaçada de forma agressiva por um tucano de bico fino, que, no passado, foi motorista de um conhecido guerrilheiro. Dizem que apagaram isso de sua biografia. De fato, não combina com os tucanos. Depois foi prometido um discurso contundente do senador Aécio Neves na sua volta ao Senado Federal. Pelas crônicas políticas que li a esse respeito, o discurso foi uma colcha de retalhos muito mal organizado. O texto não guardava muita coerência linguística e o teor também não foi dos melhores. Pelo andar da carruagem política, possivelmente, Dilma terá muitos problemas pela frente. Não pode errar na escolha do homem que vai fazer este meio de campo com o Legislativo. Ainda não se sabe quem será o ministro das relações institucionais, mas Dilma nunca foi muito feliz nessas escolhas. Desta vez, repito, não pode errar. Terá que lidar com um legislativo hostil, refratário e revanchista. Eles não farão uma oposição democrática e propositiva, contribuindo melhorar a condução do governo, apontando seus possíveis equívocos. Vão apostar no quanto pior, melhor. Justamente num momento crucial, onde a sociedade clama por reformas importantes para o país. Mas, pelo andar da carruagem política, Lula entra em campo para limpar a área política para a presidente Dilma Rousseff. Hoje, o nome mais cotado para a Fazenda é o de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, um nome digerível pelo mercado.

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