pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Michel Zaidan: Marina. Que candidata é esta?
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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Michel Zaidan: Marina. Que candidata é esta?






Estava em São Luiz, do Maranhão, fazendo palestras sobre a reforma

política, quando soube da mudança do coordenador de Campanha de Marina
Silva. Depois vieram as notícias sobre a deserção da base aliada, os
agro-exportadores e industriais, por não concordar com a agenda e ou
discurso da candidata neo-pentecostal. Afinal de contas, que candidata é
essa?

Convém lembrar que Marina Silva rompeu com o PT exatamente por conta das
contradições da política ambiental. A enfase do "desenvolvimentismo"
prejudicava as políticas de proteção do meio-ambiente. E que o
ex-governador falecido teve a prudência de colocá-la na vice, e não na
cabeça de chapa do PSB, prevendo as inúmeras resistências de sua base
aliada. Na verdade, uma  coisa seria usá-la, num acordo de mútua
conveniência, como cabo eleitoral qualificado para a eleição do
ex-governador do Estado. Outra coisa - muito diferente - seria colocá-la
como a candidata à Presidencia da República, pelo PSB. E isto porque a
ex-senadora do Acre não tem nada a ver com a agenda do PSB, nem na forma
nem no conteúdo. Não é e nunca foi socialista, ela é evangélica. Segundo, a
agenda do PSB está mais para o Estado regulatório, gerencial do que com a
agenda ambiental, de Marina Silva,

Era previsível que a tentativa da família do falecido em manter o controle
da chapa, através do nome de Marina Silva, iria - como está ocorrendo
agora- suscitar muitas questões da antiga base aliada, que se juntou ao
projeto sucessório em nome de outras idéias, outro discurso e outro
candidato. A mudança de nome não seria um mera formalidade, em se tratando de uma pessoa, como a líder do partido "Rede-sustentabilidade". O que ocorre é a presença de um partido dentro de outro partido, por mera
conveniência político-eleitoral.


Michel Zaidan Filho é filósofo, historiador e professor da Universidade Federal de Pernambuco.

Nota do Editor: A charge é do impagável Aroeira, publicada no Jornal O Dia.

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