pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Vaia da elite branca intolerante
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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Vaia da elite branca intolerante

Repercute bastante nas redes sociais as vaias e xingamentos dirigidos à Presidente da República, Dilma Rousseff, ontem, durante a abertura da Copa do Mundo de 2014. Há várias tentativas sociológicas de explicações sobre a profunda insensibilidade da elite brasileira. Uma das possibilidades possíveis é a nossa sociedade ter sido construída sob o signo do trabalho escravo, cindindo os espaços sociais entre a Casa Grande & Senzala. Alguns estudiosos até informam que carnaval e futebol pudessem unificá-las, mas, a julgar pelo que ocorreu ontem, começo a ter minhas dúvidas. Como bem observou o professor Clistenes Nascimento, num dos seus posts, havia mais negros no banco de reserva do Brasil do que nas arquibancadas. Há uma evidente má vontade dessa elite em relação às políticas de inclusão adotadas nos Governos Lula/Dilma. Torcem a cara para o Bolsa Família - que tirou milhões da condição de extrema pobreza - torcem a cara para o acesso dos pobres aos aeroportos, não suportam vê-los no circuito acadêmico, até mesmo em cursos que antes se constituíam em reserva de mercado para os branquelos bem-nascidos. Há inúmeras questões em jogo naquelas vaias dirigidas à presidente Dilma. Não sei nem por ondem começo adjetivar o ocorrido. Uma vergonha? um desrespeito? um misto de cinismo, arrogância, porra louquice e coisa do gênero. Não foi protesto. Foi agressividade barata e vil a um chefe de Estado. Algo orquestrado pelos coxinhas, que compraram ingressos a quase mil reais. Ali não havia povo. Se houvesse, esses saberiam reconhecer os avanços sociais conquistado nas últimas décadas. Possivelmente retrucariam as vaias com aplausos. Hoje, o professor Durval Muniz informa que se trata de uma elite em extinção. Não duvido nada. Uma das razões - possivelmente a principal - pelas quais este país não se encontra consigo mesmo são as profundas desigualdades sociais separando o andar de cima do andar de baixo. Precisamos continuar avançando, oportunizando a mobilidade social dos estratos sociais mais fragilizados. São esses que vão reeleger Dilma, apesar de todos os arroubos dessa elite carcomida.

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