pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O silêncio dos militares depois de 50 anos do Golpe Militar de 64
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domingo, 30 de março de 2014

O silêncio dos militares depois de 50 anos do Golpe Militar de 64

O jornalista Josias de Souza, em seu blog, no dia de hoje, escreve um excelente artigo sobre o silêncio dos militares após os 50 anos do Golpe Militar de 1964.Ele tem razão. Pontualmente, ficamos sabendo de alguns fatos, o possível paradeiro de alguns desaparecidos, mas, no geral, arquivos importantes sobre aquele período nebuloso de nossa história ainda não vieram ao público. Os militares conseguiram manter vários enclaves autoritários na Constituição de 1988, o que leva alguns estudiosos das relações civil-militar - não sem alguma razão - a admitiram nossa condição de uma democracia não consolidada. Sem contar os arquivos que, simplesmente, desapareceram em "incêndios" suspeitos. A política de indenizar as famílias das possíveis vítimas da Ditadura já mereceram críticas na essência de seus propósitos e quanto à sua aplicação real. Famosos que trabalhavam em redações de revistas como "Desfile" receberam poupudas indenizações, enquanto vítimas menos famosas, como a família de operários mortos durante o regime, recebem apenas uma simples pensão. Quando vivo, o escritor Millôr Fernandes costumava brincar com o assunto perguntando: então não era idealismo? era um investimento? Em todo caso, quero dizer que concordo com essa reparação financeira, apesar dessas distorções e compreendendo que seria preciso fazer muito mais, como o devido esclarecimento dos fatos às famílias que perderam a vida de seus filhos durante a luta armada. Para os militares - com a anuência de alguns civis - vale a tese de que o passado é uma simples versão da história recente. As forças armadas são outra, eles não podem ser penalizados por erros cometidos no passado e coisa que o valha. O silêncio dos militares brasileiros é vergonhoso. Em outros países onde ocorreram ditaduras militares foram obtidos avanços bem mais expressivos no sentido do esclarecimento dos fatos históricos. Conhecidos centros de tortura foram transformados em espaços de memória sobre os período de chumbos, como já ocorre no Chile, na Argentina. Depois de 50 anos, como afirma o articulista, os militares brasileiros ainda não foram acometidos pelo crise de consciência.

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