pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolaço do Jolugue: Governador motosserra não é um título muito bom para quem deseja ser presidente
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Tijolaço do Jolugue: Governador motosserra não é um título muito bom para quem deseja ser presidente



Em 2011 falávamos o quanto seria desastroso para um governante deixar o Governo com alguns índices tão negativos, como, por exemplo, tornar-se conhecido como o governador motosserra. Os tempos passaram e criou-se uma Secretaria de Meio-Ambiente, convidando-se para assumi-la um até então crítico ferrenho da política ambiental do Governo Estadual, homem de ligação entre socialistas e marinistas. Pelo andar da carruagem política, parece-nos que pouca coisa mudou desde então. Na semana passada, o Legislativo Estadual teria autorizado o Estado a desmatar mais 25 hectares de mata atlântica às margens do Rio Beberibe, que passa por um processo de dragagem. Seria muito interessante que a Assessoria do Palácio do Campo das Princesas se propusesse a responder os questionamentos da população aqui pelas redes sociais. Ontem fizemos uma pergunta e voltamos a insistir: até que ponto esse desmatamento seria necessário, considerando-se o processo de dragagem com efeito no Rio Beberibe? O projeto de expansão do Porto de SUAPE é algo que compromete sensivelmente os biomas de restingas, mata atlântica e manguezais. Trata-se de um projeto polêmico, onde até os órgãos de fiscalização ambiental do Estado aplicaram multa ao Governo. As entidades ambientais da sociedade civil, então, rejeitam substantivamente o projeto, apontando seus inúmeros equívocos. Hoje circula pelas redes sociais, uma foto, salvo engano produzida por uma equipe do Ministério Público, onde pode-se observar uma ferida aberta no meio da vegetação de mangue. Isso nos fez lembrar de um grande projeto de uma empresa de pescado local, na Mata Norte do Estado, na cidade de Goiana. Foram desmatadas centenas de hectares de vegetação de mangue para a construção de uma fazenda de criação de camarão em cativeiro. Nas imediações do local, existe uma comunidade quilombola que sobrevive, basicamente, da pesca e captura do caranguejo uçá. Pois bem. Hoje eles enfrentam grandes dificuldades de sobrevivência, em função da escassez do crustáceo. Não fosse suficiente o desmatamento, a ração utilizada para alimentar os camarões, diluída nas águas, é extremamente danosa à reprodução dos crustáceos. Há indicadores informando que este Governo é o responsável pelo maior desmatamento de mata atlântica de toda a história de Pernambuco. Um recorde nada interessante, conforme advertíamos alguns anos atrás.

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